quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Monxorós!


Marília Bernardo Fernandes é o que eu costumo identificar como uma aluna perfeita. Atenciosa, respeitadora, legal, inteligente e simpática. É sempre bom conversar com ela nos intervalos da vida. Aprendo muito, muito mesmo com essa menina. Recentemente veio me mostrar um texto sobre um determinado povo. Bem, era tudo o que eu queria escrever. Abaixo segue o texto, é incrível e hilário. Já vou avisando: qualquer semelhança é mera coincidência ou qualquer coincidência é mera semelhança!

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Esta é uma pequena história cujo caráter ficcional é meramente ilustrativo, uma vez que a seguinte narração passaria despercebidamente pela mais pífia realidade. Um aglomerado qualquer de seres humanos, em um nível desprezível de socialização e esclarecimento, pode apresentar traços fiéis aos moradores de Moseley.

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Era uma cidade pequena, de fato. Atingia sempre baixas temperaturas e isso era motivo de grande reclamação entre seus moradores, incomodados com a pouca surpresa que o clima proporcionava. Minúscula, poderia-se dizer sem medo de eufemismo, ainda que quisesse parecer grande coisa perante outras cidades. Moseley localizava-se ao norte daquele Imenso País Gelado. Sua política era fortemente enraizada em tradições religiosas, fomentadas por uma família específica, que conduzia o poder durante gerações seguidas. Era até natural tê-los no poder e nada era feito quanto a isso, diante da aparente normalidade em se ter a democracia burlada, ainda que legalmente. Paradoxal, deveras, mas nada que interferisse no longo reinado da família Rose. Reinado - foi mesmo essa a palavra usada? Não que o fosse, mas se assemelhava, o que era notado por aqueles que tinham uma perspicácia aguçada e tinham de tolerar, por falta de meios, tal realidade.
A população, em sua maioria, era de renda mediana, sendo esta baseada no turismo e venda de madeira, dada a densa floresta que a rodeava. No inverno, famílias abastadas, assim como a Rose, se mudavam para Moseley e por lá permaneciam durante o longo período do inverno, que coincidia com os meses de férias. Um local apreciado especialmente pelos mais jovens, que sentem um prazer peculiar em exibir suas posses: as roupas de frio, todas de famosas marcas de material esportivo, eram como uma espécie de farda obrigatória. Qualquer coisa diferente era até mesmo vista com desprezo e um sentimento de inferioridade era instaurado em quem ousasse ser original. Carrinhos de neve e equipamentos de esqui eram mostrados como objetos de glória, ostentando um valor imaginariamente grande, mas que mal sabem tais mentes tão vazias que nada daquilo havia sido fruto de seu próprio trabalho ou mesmo imaginavam se seus pais obtinham toda aquela abastança por meios honestos.
Outra coisa peculiar em Moseley era a ignorância de seu povo. Era até compreensível em camadas mais pobres, exploradas em épocas de campanhas políticas. Afinal, quanto mais carente, menos seletivo é o povo, uma vez que a necessidade urge e qualquer condição diferente da anterior é aceitável.
Contudo, a ignorância instalava-se até mesmo entre os ditos esclarecidos.
Uma espécie de música dominava, dentre todas as preferências musicais existentes. Um antigo estilo musical típico do norte daquele Imenso País Gelado havia sido deturpado e vendido como mercadoria, se passando por cultura. Continuavam a chamar de Fohò, mas não era o verdadeiro Fohò, como dançavam e cantavam os que pertenciam às gerações passadas. As músicas atuais tratavam de futilidades e eram especialmente ouvidas durante o inverno, pela população jovem que esquiava em Moseley. Possuir boas motos de neve, ter um específico equipamento de esqui e beber uma certa marca de whisky eram comportamentos defendidos. Não porque o frio fosse excessivo e beber whisky fosse necessário, até porque não era o de qualquer marca. Isso tudo porque grandes fábricas de bebidas patrocinavam os novos “músicos” do Fohò e, pelo dinheiro, a “música” virava uma grande propaganda, absorvida sem controle pela população que, sem senso crítico, seguia a moda pela moda na desprezível Moseley.
A cultura nunca foi um ponto forte de Moseley, embora grandes festivais sejam feitos. Essa cidade é mesmo cheia de paradoxos. Mas esse pode ser facilmente explicado: os festivais são feitos para que a população esqueça seus problemas. Sim, essa é a grande e essencial função do divertimento: aliviar. Um riso e uma boa música aliviam a labuta de cada dia. Mas eis que os festivais de Moseley não aliviam – sedam. Os bons músicos e poetas de Moseley terminam esquecidos ou sufocados, porque o patrocínio e bons pagamentos só chegam aos músicos do novo Fohò.
Boas somas de dinheiro chegam também àqueles que promovem a caça de ursos selvagens. Chamam aquilo de Ursada. Praticam a Ursada eventualmente, numa grande festa regada a Fohò e bebidas, obviamente, pois ambos estão relacionados. Laçam os ursos e fazem todo tipo de prática irracional sob o argumento de que a Ursada é um esporte. É de fato uma realização que não seria permitida na presença do discernimento, mas isto falta aos moradores de Moseley. As autoridades nada fazem quanto à Ursada, pois elas mesmas participam e promovem. Se não o fazem, fingem que não estão vendo qualquer atitude ilegal, pois uma outra família bastante influente em Moseley conduz anualmente a Ursada, os Porchini. Esta família domina vários ramos do comércio, inclusive o das famigeradas motos de neve.
Moseley nada mais é do que uma grande teia movida à troca de favores.
No mais, a população não é amante da leitura e as boas obras terminam empoeiradas nas prateleiras. Suprir hábitos verdadeiramente culturais é bastante caro em Moseley: preços abusivos são pedidos pelos livros, que já não são de uma boa variedade. Poucos os compram e viver da Literatura nunca foi um grande negócio naquele Imenso País Gelado.
Nessa cidade, nem mesmo a fé escapa do exibicionismo. Ter uma religião é preciso, mas não somente uma: tem que ser justamente aquela cuja maioria participa, da religião Caótica. É importante ressaltar que tal igreja e a política local andam intimamente entrelaçados. Mas não deve ser mais nada demais. Certamente, a prefeita de Moseley anda bastante interessada em doar dinheiro aos mais pobres. O clero local, obviamente. Não há muitos pobres em Moseley que não sejam do clero local.
Uma recente construção de Moseley parece estar atraindo muitas pessoas: é a nova estação de esqui. Lá, muitos passeiam e ostentam seu luxo aparente com gestos mesquinhos e atitudes mais vazias ainda. Há quem vá pelo simples prazer de passear e apreciar a companhia ou a paisagem, mas estes são poucos.
A nova estação de esqui é uma vitrine humana, a melhor de todas, pois principalmente lá a população de Moseley garante que todos os outros saibam que padrão de vida ela possui exatamente.
Sair de Moseley é, verdadeiramente, um grande feito. Quem viaja para outros países faz questão de isto expor, não porque o turismo seja uma atividade interessante, mas porque é preciso esclarecer de que a renda é mais do que suficiente para poder abarcar as despesas que as passagens caras propiciam. Os mais jovens - como sempre os mais jovens – são, principalmente, aqueles que adoram alardear suas viagens. Em contato com outras culturas, eles sequer exaltam suas raízes. Não. Eles escondem o pouco de cultura que puderam absorver de sua terra natal e voltam para ela com a cultura do país visitado, do qual se sabe tudo. Escreve-se muito bem o idioma estrangeiro e todos os hábitos de fora são minuciosamente copiados, ainda que os principais países visitados sejam de clima tropical. Há, inclusive, quem traga do exterior algumas pranchas de surfe e maiôs de banho. Como se fosse possível usar tais coisas nas condições naturais de Moseley. É de conhecimento geral que é um absurdo, mas dizer o que se tem, ou melhor ainda, exibir, continua sendo o passatempo preferido daqueles que moram em Moseley.
Essa cidade é mesmo surpreendente.

domingo, 21 de agosto de 2011

Evolução da Escrita (?) por: Micael Martins


Os vestígios mais antigos da escrita são originários da região baixa da antiga Mesopotâmia, e datam de mais 5500 anos. Por volta do século VI a.C. os chineses começaram a produzir um papel de seda branco próprio para pintura e para escrita. A notação era um processo bem simples: tinta era colocada num pedaço de papel.

Intrigante é constatar que hoje, milhares de anos depois, continuamos “colocando tinta no papel”. Temos à nossa disposição computadores pessoais, portáteis e até “de mão” capazes de armazenar mais livros do que qualquer biblioteca pessoal. Por que não evoluímos nesse aspecto?

A produção de livros impressos, tal qual é feita atualmente (e assim o é há muito tempo) envolve imensos gastos, inclusive inquantificáveis em valor de dinheiro, como a degradação ambiental. Desde a extração de árvores, transporte, processamento da celulose, fabricação do papel, edição e impressão do livro, sua distribuição pelo mundo e venda, temos um longo caminho de gastos desnecessários. Com a produção e venda eletrônica de livros, tudo isso será evitado.

Antes de mais argumentos, alguém poderia já dizer que não aprecia ler no computador, pois sua vista dói, sua cabeça dói, sua coluna dói… creio que ao acessar o MSN e sites de entretenimento alguma dose de morfina vem do além, pois gastamos horas ininterruptas com eles ao computador, e sem dor alguma! Além do mais, já há no mercado um livro eletrônico ergonometricamente pensado. É leve, pequeno e sua tela não prejudica a visão.

Quanto à movimentação econômica que a industria do livro físico provoca, seus empregos… isso tudo poderia ser perfeitamente revertido para a industria do livro eletrônico, baratiando-o absurdamente. Você consegue imaginar o gasto para aquisição e manutenção de um biblioteca universitária? E todo aquele espaço físico, funcionários, problemas, roubos e danos?

E se comessássemos a imprimir todas as apostilas, manuais, documentos, enfim, tudo o que você costuma consultar no computador? Soa estúpido? Pois é nutrindo-se dessa estupidez que continua-se a imprimir e imprimir livros, revistas e jornais. Nunca na história da humanidade se produziu tanto papel quanto hoje. Alguém, por favor, me aponte o que uma revista ou jornal impresso pode conter e que não encontramos na internet, inclusive de diversas fontes e até com mais riqueza de conteúdo.

Com o planejamento econômico correto, o livro eletrônico estaria ao alcance de todos. Que tal portar milhares de livros num dispositivo de 290g?

Há quem me venha falar dos problemas quanto à aquisição dos livros, evidenciando que cópias piratas se disseminariam, prejudicando o retorno financeiro do autor. Quando à isso, não nos falta inteligência e recursos para criar sistemas com “serial keys” que permitam que utilize o livro apenas quem o comprou, sem compartilhamento para outros dispositivos.

E não se trata apenas de livros. Em quase todos os lugares, ao invés de simplesmente inserirmos os dados em algum sistema online, temos que resolver tudo com pepel. São solicitações , requisições , cadastros, registros, tudo impresso ou escrito em papel, nos fazendo perder tempo, dinheiro e árvores!

As vantagens do livro eletrônico sobre o impresso são evidentes. O problema da transição está apenas nas pessoas, no próprio medo de mudar um hábito e de encarar as novos desafios logísticos que essa transição traria para a economia.

Micael Martins

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Revolução dos Bichos Ilustrada, ou seria Chargeada?





João Carlos é um exímio desenhista. Nada melhor do que fazer um trabalho escolar com o dom que se tem. João resolveu ilustrar por charges a sua visão sobre o livro do George Orwell.

Ps. Só os fortes entenderão as charges do JC.

A Revolução Cantada


Não é de admirar a genialidade de Lásaro Alves. Porém, pela minúcia e organização em que seu texto foi criado, fiquei embasbacado e muito feliz por ter a oportunidade de ser professor de um adolescente como ele. Lásaro resolveu desenvolver "A Revolução dos Bichos" através de uma música que o mesmo criou. O texto é grande e isso faz dele um texto ainda mais especial. Nunca vi um livro ser tão bem resumido como este foi.

A revolução cantada

Na Granja Solar, um próspero “lar”

Próxima a vila de Willingdon

Os bichos de uma Inglaterra tão rica e moderna

Estão a se inspirar

Nas palavras do sábio porco Major

Que ao descrever seus desejos

Suas idéias de revolução

Seu sonho, sua visão

De que um dia os bichos ingleses

Poderiam ser um dia como aqueles

Aqueles que os dominam há tanto tempo

Que os forçam a trabalhar sem condições

E os “pagam” com pouca ração

E no coração dos bichos

As idéias de liberdade

Os sonhos de uma vida de verdade

Em que todos sustentam esperança

A vida boa seria uma realidade

Esperaram o dia sem agrado

Divididos pela ideia da revolta

De poder mandar no mundo a sua volta

E no aparecer da oportunidade perfeita

Quando Jones o fazendeiro

Bêbado, moribundo e esquecido

Dá a chance de se libertarem

Com alguma algazarra o velho é vencido

A granja solar agora era realmente um lar

E mesmo não tendo o velho Major

Que fora pela morte levado

A fazenda agora dos bichos

Era um marco de revolução inglesa

Espalhando os ideais

Agora tão leais

As cantigas as leis

Agra eles eram os reis

Os animais liderados pelos porcos

A população pensante animal

Mas que não produzia

Nem tanto quanto cavalos

Bois ou galos

Mas que organizavam e ensinavam

E a massa aprovava

Os lideres que sabiam tanto quanto o humano

Que um dia os mandavam

E que durante todos aqueles anos

Tiveram como aprender

A ler, criar, construir e escrever

Hoje comandam a Granja dos Bichos

Coisa que ninguém podia crer

Humanos tão descrentes

Agora passavam a ver

Que aqueles animais

Depuseram um colega

Implantaram suas regras

E espalham um grito

Um grito de mudança

Que toda a vizinhança

De bichos, de animais

Começaram a mudar

Sem poder esperar mais

E o novo líder

O porco Bola-de-neve

Um animal sábio e fiel

Com intenção de igualdade

Criou as regras, as regras da liberdade:

Primeiro: qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimiga.

Segundo: Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.

Terceiro: Nenhum animal usará roupas.

Quarto: Nenhum animal dormirá em cama.

Quinto: Nenhum animal beberá álcool.

Sexto: Nenhum animal matará outro animal.

Sétimo: Todos os animais são iguais.

Assim estipuladas, as regras

De que todos os animais

São iguais

E agora podiam viver em paz

Cada qual com sua tarefa

Sua missão, sua meta

O cavalo Sansão

Fiel e trabalhador

Assim como muitos dos bichos

Não muito entendia

Somente sabia

Que para ajudar

Sempre mais ele tinha que trabalhar

E muitos outros o eqüino inspirou

Trabalhando para si mesmos

Não tinha como não produzirem

Tudo era aproveitado e organizado

Uma fazenda fora do comum

Os homens não acreditavam

Como bichos faziam algo

Que todos eles tardavam

Liderados pelos sábios animais

Justos e leais

Prosperaram como nunca mais

Todos os humanos ficaram para trás.

E com tanta abundancia

Controle e festança

Logo a população cresceu

E o esperto Napoleão

Seu plano arquitetou

A pequena ninhada das cadelas

Ele tomou e começou a treinar

Máquinas de morte ele estava a fazer

E ninguém podia perceber

Certo dia o fazendeiro Jones

Querendo sua desforra

Apareceu na sua porta

Os animais já esperavam

A luta começaram

Com grande esforço batalharam

E foram recompensados

Arduamente derrotaram

O inimigo humano que odiavam

Novamente triunfaram e mostraram seu poder

Todos os humanos passaram a os temer

Com tanta prosperidade

A granja passou a evoluir

E os planos de Bola-de-neve

A maioria passou a compreender

Porem a égua Mimosa

Acostumada ao bom viver

Cansada de trabalhar sem regalia

A granja abandonou

E para os humanos ela voltou

Sem se importar com a traição

O sábio Bola-de-neve

De sua sabedoria usou

O moinho se pensou

Era a solução

Produção, conforto, diversão

Tudo isso era muito bom

A grande massa aprovou

Porém o vil Napoleão

Colocou seu plano em ação

Dividiu a granja em opiniões

Com a ajuda das ovelhas berrantes.

Discordava de seu colega

Dizia que o moinho não ia dar certo

Mesmo sabendo que não era verdade

Não compartilhava as idéias de liberdade

Depois de muita discussão

O porco gordo e egoísta

Pôs suas armas à vista

Os cães que havia treinado

Agora eram matadores com agrado

Puseram o pobre líder pra correr

E os bichos começaram a os temer.

Tomando agora o poder

Napoleão, ditador pior não poderia ter

Iniciou seu plano há muito arquitetado

E com medo e palavras falsas controlou a bicharada

Que não era tão sabida e estudada

E por tanto não podiam fazer nada

Passaram a trabalhar mais

Porque o inescrupuloso ditador

Resolveu montar a maquina e que ele tanto tentou impedir de criar

E todos trabalhando forçado

Com a ração cortada

Com privilégios dados aos porcos

Mesmo assim muitos continuavam

Talvez por falta de inteligência

Ou por inspiração nos atos de Sansão

Que ainda trabalhava incansável

Sempre inabalável passou a se questionar

Se os atos do porco Napoleão

Eram os mesmos que o velho Major ia aprovar

E com sua credibilidade na granja

A liderança do ditador passou a ameaçar

Mas com uma lábia afiada o porco soube se virar

Inventou mil e uma mentiras e a leis passou a mudar

Ninguém podia contestar

Já que os únicos que sabiam ler eram

A velha égua Quitéra e o burro

E passou ainda a contar

Com a ajuda do habilidoso Garganta

Que muito bem sabia articular

Discursos e convencimentos eram seu forte

Maleava até os animais de grande porte.

Assim os bichos passaram para outra era

Uma era de infelicidade

Trabalhar, comer, dormir

Essa era sua realidade

Diversão nem pesar, só podiam trabalhar

Tão infelizes quanto com Jones

Mas mal podiam se lembrar

O meticuloso Napoleão mudara tudo

História, fatos, leis

Agora não eram mais reis

Eram os porcos

Que cada vez mais faziam nada e recebiam mais.

Com o moinho pronto e exaustos de tanto laborar

Porém a fraca fundação

Num ataque da granja vizinha que a destruiu

O esforço que todos tiveram

No chão caiu

O pior mal que já se viu.

E usando de sua esperteza

O porco ditador pôs a culpa no honesto

Bola-de-neve

Que agora era culpado por tudo de errado.

Novamente os sofridos animais voltaram a labutar

Sempre mais arduamente e com menos ração

Trabalhavam sem condição

Ainda fora proibida a canção

Aquela que um dia instigou a revolução.

No inverno gélido

Sem colheita sem comida

Puderam dizer que realmente

Pioraram de vida

Mas o tempo passa

Mais uma vez o moinho se apronta

E agora protegidos e reforçados

Ele permanece de pé

Só que o esforço não pára

Continuam a trabalhar

Sempre com a produção alta

A ração escassa mesmo com abundância

Tudo pela ganância

Do porco Napoleão, animal sem coração

Precisando de produtos

Para outro moinho produzir

Iniciou com os humanos

Uma amizade que pior ainda está por vir

Comercializando o excesso da granja

Pôde outro moinho montar

Só que a idade dos bichos só tendia a aumentar

E a aposentadoria, promessa tão aguardada

Deixou de ser verdade

Não seria realizada

E o velho Sansão

Já não se agüentando de cansaço

Continuava a se esforçar
Sempre achando que tinha que ajudar.

E o tempo continua passando

A prosperidade da granja aumenta.

Um golpe na dignidade dos bichos e dado

O maléfico porco muda o nome da Granja

Para Granja Solar novamente

E os bichos se revoltam secretamente

Mas mais uma o ditador os controlou

Botou seus cães para matar

E o medo passou a se instaurar.

Os animais sofrem outro golpe

Quando são atacados novamente pelos humanos de Jones

Uma batalha perigosa onde o velho Sansão sai ferido

Alvejado pelos tiros de humanos ainda consegue trazer a vitória

Mas ninguém se importa,

Pois o que um dia foi uma cavalo aprumado

Agora está despedaçado

E o vil ditador o manda pro matadouro

Onde será transformado em ração

Um golpe no coração

Mas ninguém sabe

Pois ninguém sabe ler e não podiam ver que estavam sendo enganados

O poderoso cavalo fora levado achando que ia ser curado

Somente a Quitéra que já velha ainda pode enxergar

Aonde a carroça o iria levar.

O tempo passa mais ainda

O mesmo esforço, mais moinhos, mais produção e ainda sem satisfação

Somente os porcos que passaram a regozijar da vida boa que passaram a levar

Na casa dos humanos foram morar

Nas camas dormiam

Álcool consumiam

E aprenderam a andar sobre duas patas

Tornaram-se aquilo que um dia mais odiaram.

Os animais, coitados

Nada podiam fazer, não sabiam ler

Manipulados podiam ser

E de nada se lembravam,

Pois foram ludibriados

O ardiloso Garganta as leis alterou

E ninguém viu

Ninguém reclamou

E assim os dias se passaram

Bons para os porcos

Péssimos para o resto

Muitos morreram exaustos na velhice

Muitos nasceram

E depois de tanto tempo já se acostumaram

Acostumaram a viver na mediocridade

Que agora era sua única realidade

Humanos passaram a freqüentar sua granja

Enquanto o porco sua abundancia esbanja

Jantares, bebedeiras festas

Tudo isso os porcos aproveitavam

E os animais sofriam

Mas nem se davam conta disso.

Os costumes, tradições e os símbolos

Todos acabaram enfim

Os porcos se tornaram tão humanos

Que certa noite

Num jantar com os vizinhos

Aqueles mesmos que os atacaram

Uma gritaria, uma confusão

Começou entre os porcos e humanos

Os animais olhavam para os dois

E não sabiam dizer quem era o porco

Quem era o humano.

Lásaro Alves dos Santos

Patrona


Algumas situações que acontecem quando de nossa vida escolar ficarão marcadas para sempre. Como professor, nunca me esquecerei da famosa "A Revolução das Calças Jeans". Esta revolução se deu pelos alunos do 9° ano quando questionaram o porque de usarem uma calça, segundo eles, "ridícula". Sabendo que quem está no "poder" não curte muito ser questionado e contrariado, a escola resolveu dialogar com as criaturinhas, resultado... muitas críticas vieram e uma delas foi a do aluno Felipe Pedrosa, o qual escreveu sobre um reino chamado Patrona.

PS. Qualquer semelhança é mera coincidência ou não.

Patrona – Uma terra de mudanças.

Na grande facção de Morro Soro, há um problema, uma pequena facção no meio do nada divide seu reino, esse pequeno reino se chama Patrona.

Patrona é cercada por floresta, e lhe cruza uma rota de comércio que liga economicamente Morro Soro Norte e Morro Soro Sul. Parte da economia de Patrona é de pedágio, sim Patrona é um parasita, um problema, porém a maior parte de seus lucros vem do suor de seu povo.

Patrona tem como rei na teoria Tírando, porém Tírando não governa, ele está muito envolvido na política e economia de Morro Soro, aí que entram os regentes.

O primeiro grande regente foi Hoferb, esse era autoritário e absoluto, ele conhecia seu povo mais que o próprio povo, ele sabia o que era bom, mesmo que o povo não gostasse de suas decisões tinha a esperança de um bem maior ao final. Ele era confiável e às vezes assistente, era bondoso, mas seu autoritarismo impedia que seu governo fosse totalmente bom.

Depois veio Wastingon, esse era flexível, não explorava,sabia escutar, era presente, revolucionário e liberal. Mas Patrona não é lugar para justiça, não é lugar para bondade. Wastingon recebeu uma proposta de casamento com a duquesa de Nateu, Martisa, ele deixou o povo de Patrona nas mãos de Tírando finalmente.

O povo implorava por comando, implorava por outro regente, mas Tírando retornou, e subiu ao trono de Patrona.

O povo ficou duvidoso quanto ao real rei: - Ele nos abandona e acolhe? Qual o motivo da volta? Finalmente acabou de se meter em relações exteriores?

Rei Tírando, absoluto, poderoso, rico e influente. Patrona esperava entrar em uma era de glória, pois assim como um cão reflete seu dono, o povo reflete seu rei.

Todos os plebeus se iludiram com jóias, capas e terras. Até Tírando falar. Pois é, o reino era mais rico, o rei era mais rico, porém o povo era explorado. Os impostos subiram e os plebeus se irritaram.

Tírando havia mentido quanto a ficar no país, continuava metido nas relações de Morro Soro, e não podendo olhar para dois blocos de dinheiro ao mesmo tempo, pôs novos quatro olhos dentro de Patrona.

Suas duas filhas: Cakem e Martia, em essência as duas eram boas, porém o mais doce perfume de rosas pode ser estragado com uma gota errada.

As filhas não reinavam, não regiam, só olhavam e administrava. Elas entendiam o povo, mas não podiam fazer nada, ele não entendia nada e ditava.

O povo conseguiu enxergar essa situação e não gostou, se antes o espírito revolucionário já sussurrava, agora ele estava gritando, colando avisos em todas as paredes e correndo solto pelas ruas.

Mas a revolução não aconteceria até um estopim, a ultima gota para o copo trasbordar, mas como a situação já era ruim o bastante e Tírando não tinha mais métodos para explorar o povo, o povo decide por a ultima gota por conta própria.

Acharam um problema esquecido: “A questão dos uniformes”

Ela se resumia ao desagrado da população quanto aos uniformes das Forças Armadas Amadas Patroneses (FAAP)

O povo achou seu motivo, quer dizer, motivos já havia muitos, o povo achou sua desculpa para a revolução.

Sua causa era besta, mas seus motivos dignos reclamaram sobre tudo: Promessas não compridas, situação higiênica do país, impostos elevados, posição autoritária do Imperador.

Mas no fim Tírando sufocou o povo que não conseguiu respirar e sem sangue no cérebro pararam de pensar e voltaram a suar.

O povo sofreu nas mãos de seu ditador até nascer um conquistador no horizonte, Tírando admitindo que a FAAP não era suficiente para conter um exército destinado a liberdade, desiste,e assina seu tratado de rendição.

O conquistador irá libertar? Saberá administrar o povo ou ele terá que sofrer novamente?O povo explorado vai ficar calado? Só digo uma coisa: - As expectativas do novo rei são boas.

Todos os Bichos são iguais


Encerramos o semestre no 9° ano do colégio Padrão/Convesti com a leitura do paradidático "A Revolução dos Bichos" do escritor George Orwell. Com sua crítica inteligente e sarcástica, Orwell denuncia os males de um regime totalitário. Não é de se negar que muitas características do que aconteceu na Revolução Russa está presente nesta magnífica obra. Não aos ideais em si, mas o que desvencilhou a esta revolução perder seu foco e chegar ao regime ditatorial stalinista da URSS.

Como trabalho deixei o mais livre possível, ou seja, cada aluno teria a liberdade de escolher o que fazer sobre sua leitura, sobre sua visão do conteúdo apresentado. Bem, esta semana toda, veremos por aqui a genialidade dessa turminha que me cativa a cada dia e me faz amar minha profissão.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As vezes o inferno não é tão ruim como dizem




Templos antigos, zigurates

Homens fardados caminham em templos

Seriam fardas, se não fossem amuletos

E suas mentes poluídas e divinas

E suas mentes poluídas e sádicas

Os seus olhos fechados para se concentrar

Os seus olhos abertos para o lucro

Os seus dedos de anéis de ouro

Seus mantos de linho e seda

Sua vida desgastada pelas mentiras

E outras vidas escravizadas por meias verdades

Escravizados pela crença, pela salvação, escravizados por seu libertador

Dor, morte, tristeza e medo

E por uma alma divina o corpo tem que pagar

Em moedas, em traumas, em missas e em cultos

Em vida, em sangue e em horas

O corpo têm que sofrer

Têm que morrer

Têm que fazer de tudo para sustentar “os abençoados” nos lugares em que dormem

Em seus palácios

Em seus templos antigos e zigurates

O corpo não presta, somente o espírito presta

O prazer é um pecado, o prazer dos outros

Nas suas vidas perfeitas, sagradas

Pois alguém tem que manter o povo separado do “céu”

Têm que manter todos distantes da luz

E se certificar que ordens inexistentes que vêm de cima sejam compridas

E se auto intitulam:

Servos de deus

Inimigos do diabo

Mas não falam que na realidade:

São farsantes armados com palavras

São guerrilheiros que desarmam a verdade

São homens sem palavra

Que amam demais

Sua maior invenção:

Um Deus sem coração

domingo, 1 de maio de 2011

Um adeus pra você


Entre afagos e desafogos a vida nos prega peças. Quando nossos sentimentos de certa forma são esquecidos justamente por alguém que tanto amamos... a melhor receita é escrever. Aqui fica a dica. E foi expressando o mais íntimo de seu ser que minha adorável aluna do Mater Christi Jéssica Hanna que faz a 2ª série do Ensino Médio compilou tão belas palavras:

Nota preludia: Parafraseando Fernando Pessoa fica-nos a dúvida, será que de fato ela sentiu isso ou apenas expressão do seu eu-poético?

Se deliciem:



Desafogo

Esperei...

Esperei que você viesse até mim.

Como eu sempre fui atrás de você.

Como eu sempre procurei ...tua paz.

Tua paz que reinava dentro de mim!

Lembro-me muito bem...

Das conversas sobre histórias da vida.

As engraçadas...

As sérias...

As tristes...

Os conselhos!

Lembro das cartas que escrevia.

Desabafando sobre a vida.

Por que, sabe?

Era contigo que eu gostava de desabafar

De pedir conselhos, pois você...

Sempre soube o que dizer.

E já tinha passado por algo igual ou semelhante.

Lembro-me das saídas divertidas...

Das web-cans das noites...

Das despedidas...

Sabe?Eu sempre chorei!

Em cada até logo, que parecia ser um adeus.

Você sabe de tudo sobre mim.

Eu pensava saber tudo sobre você.

Mas percebi que...

Não sabe valorizar. Talvez esteja cansada.

Talvez queira uma nova amizade.

Eu confiava minha vida em você.

Duvidei!

Apostei!

Encarei!

E...me desesperei!

O pior é que mesmo assim...

Acredito que não é verdade.

Que você não fez nada.

E nenhuma decepção existiu.

Só que não é como terminar um namoro.

È pior!

Perder uma amizade, principalmente como a tua.

È como perder um irmão!

Perder a alma!

E...sabe...?

Eu só queria conversar.

Desabafar mais uma vez.

Com a pessoa que eu confio.

Que me aconselhava e que eu costumava aconselhar.

E proteger!

Eu só queria um pouquinho da sua atenção.

Quando estava vivendo em um mundo...

Em um momento...

Que ninguém me ouvia.

Ninguém me via.

Só me entristecia!

Um momento em que todos GRITAVAM.

Inclusive eu.

Gritei,chorei,briguei, bati a porta.

E rezei!

Rezei para que você atendesse o celular naquele momento.

Em que eu chorava sem me acalmar.

Em que eu...

Precisava de você!

Queria um abraço.

Precisava da tua paz.

Queria ser ouvida por você!

Quando eu tentei falar...

Em uma noite qualquer...

Você não me ouviu!

Quando eu disse a verdade!

Você não aceitou!

Simplesmente me abandonou.

E eu chorei.

Entrei em pânico.

Não entendi!

Se nós apenas tivéssemos conversado.

Se você me ouvisse dessa vez.

Se eu te ouvisse cantar.

Ninguém choraria.

Se pudéssemos aceitar e compreender uns aos outros...

A humanidade não viveria em guerras!

Se os pais ouvissem e conversassem com seus filhos, ou vice-versa.

Se você pudesse me ouvir agora.

Eu diria, não chorei.

Não me estressei.

Não gritei.

Não precisei rezar pedindo a Deus para essa dor passar.

Não chorei!

Meu peito não apertou de raiva ou saudade.

Apenas disse adeus.

Mas um adeus esperando na porta de casa...

Sua volta.

Um adeus da boca pra fora.

Mas palavra, tem poder.

Mesmo que sejam sem intenção.

Elas machucam muito mais.

E eu que sempre disse palavras tão doces...

Não consigo entender.

Peço-te minhas profundas desculpas.

Por tudo que ainda não sei.

Mas...se um dia qualquer...

Você quiser voltar e conversar...

Eu estarei no balanço da casa branca...

Te esperando para a hora do chá.

Pois não gosto de tomar chá sozinha.

Assim como nunca consegui...

Dizer adeus pra você.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Uma “peça” de um quebra-cabeça cósmico.


Eram 9:00 horas da manhã do dia 23 de outubro do ano 4004 a.C. uma grande explosão rompeu o silêncio enigmático que transitava entre o ser e o não-ser. Após o caos, uma nuvem de poeira cósmica misturada a massas de gases bailavam de forma tão ordenada que pareciam haver ensaiado aquela dança química originária.

Dalí em diante entraram em cena novas personagens. A primeira a entrar no palco da vida foi a agua. Ainda informe, não dava nem para saber com exatidão se de fato era agua ou não. Ela se fazia confundir com outras atrizes do surgir, como por exemplo, as nuvens do céu. E não se sabia onde começam os oceanos e onde terminava o firmamento.

Foi então que as primeiras porções do sólido se fez presente e deu as caras. Fazia-se chamar de terra. E dela veio o restante do elenco e o cenário. Ah, o cenário!? Vegetação, vida, vida no mar. Vida que saiu do mar e rastejou, rastejou pela terra e cresceu. Cresceu um pouco mais, subiu em árvores, mas logo em seguida, resolveu descer. E quando desceu, resolveu pensar.

Ao pensar... deu-se início ao fim da parte feliz desta história e começou a parte infeliz de todo o resto do drama, desta dramaturgia incógnita.

Só que antes das cortinas se abrirem tudo estava escuro neste grande teatro. No entanto, tudo ficou claro quando o diretor da peça ao invés de dizer “desliguem os celulares e tenham todos um bom espetáculo”, bradou lá do inconsciente humano: “Haja luz!” e a luz foi feita.

Ps. Texto criado entre um intervalo de atividades realizado na sala do 6° ano quando o tema era o surgimento da terra (criacionismo x evolucionismo).

Ps. 2 agradecimentos especiais ao Bispo irlandês James Usher, ao Dr. John Lightfoot, Charles Darwin e Jeová (Iavé)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Acabou o carnaval?




Galera, o carnaval não acaba quando terminam as festas. Fica a dica: seu carnaval acaba quando você deixa de existir. Enquanto há carne e alegria sempre haverá carnaval. E por esse fato, venho falar de algo tão saudoso, tão vivo na memória daqueles que prezam pelo passado: Marchinhas de Carnaval. Ah, as marchinhas! Gente, na real, vim divulgar o trabalho excelente de um grupo que tenho aprendido a cada dia a gostar e valorizar ainda mais. Este é um grupo de teatro que tem em seu âmago um tom de humildade que me chama a atenção, que me cativa. Nome? Cia Pão Doce de Teatro. Virei fã do grupo há pouco mais de um ano. Tenho acompanhado seus trabalhos, principalmente os recitais. E por falar em recitais: Sexta, dia 11 de março lá no Cafezal (Memorial da Resistência de Mossoró) o grupo estará apresentando um recital que tem como fundamento as marchinhas de carnaval e um texto belíssimo de Clarice Lispector, intitulado Retalhos de Carnaval.

Garanto uma coisa: quem for não se arrependerá jamais.

Pra quem quiser saber mais informações, segue o blog da galerinha ae:


Tenham todos um bom espetáculo!

"Penso, logo Blogueio"


Galera, faz tempo que não vinha aqui. Os motivos são justos, tive um pequeno abalo emocional, em breve escreverei sobre isto no outro blog. Mas a minha vinda aqui é justamente pra contar sobre uma experiência que achei super maneira.

Trabalhando no CPP com a disciplina Empreendedorismo e Ética me deparei com um conteúdo bacana no livro do 8° ano. O tema era proposto que se dedicasse a nossa capacidade de pensar e depois agir. Uma frase célebre que norteava o seguimento das aulas era a tão famosa fórmula do filósofo francês René Descartes: "Cogito, ergu sun", ou seja, "Penso, logo existo".

A turma do 8° ano é super engraçada. Pausa para as maluquices de Natália, é claro. Essa turma me acompanhou durante o primeiro semestre do ano passado. Aprendemos muito, embora por pouco tempo. Nos reencontramos e imagina, a turma é atenciosa, legal, participativa e também super madura, debatem com seriedade diversos temas. Claro, sempre sai alguma pérola, destaque aqui para Pierre. Outros vem com comentários excelentes e super cults, como é o caso de Geraldo e o "microminipixototo" Marcelão, o aumentativo é apenas no nome mesmo.

Propus a turma que fizéssemos, semelhante ao filósofo Nietzsche, uma paráfrase em forma de paródia da frase do Descartes, para que assim construíssemos, como poderia dizer, um poema moderno. O filósofo austríaco, disse: "Ambulo, ergu sun", ou seja, "Ando, logo existo". Com base nisso, a turma saiu com as mais diversas fórmulas. Abaixo nosso poeminha. Espero que gostem e reflitam:


"Penso, logo existo
Cogito, ergu sun
Penso, logo enlouqueço
Penso, logo explodo
Penso, logo descubro
Penso, logo endoido
Penso, logo Twitto
Penso, logo procuro
Penso, logo imagino
Penso, logo consigo
Penso, logo vivo
Penso, logo empreendo
Penso, logo faço
Penso, logo ajo
Penso, logo estudo
Penso, logo centro
Penso, logo soluciono
Penso, logo resolvo
Penso, logo desenho
Penso, logo persisto
Penso, logo sinto
Penso, logo desisto
Penso, logo questiono
Penso, logo interpreto
Penso, logo filosofo
Penso, logo canso
Penso, logo durmo
Penso, logo esqueço
Penso, logo volto a pensar
Penso, logo paro... logo existo"