sábado, 12 de fevereiro de 2011

O que restou dos contos de fadas


Sempre gostei dos contos de fada. Os enredos, as tramas, as personagens e, sobretudo, os finais. Não foi há muito tempo que me apeguei a este tipo de leitura, no entanto, hoje sinto que esse período está tão distante. É um choque abrir os olhos e ver que na vida real os finais não terminam em “felizes para sempre”. Na verdade é o “felizes para sempre” que tem um final.


Certamente seria um erro drástico tentar generalizar o que ocorre com alguns. Não são todos os romances que estão destinados a receber o auxílio de uma fada-madrinha, não são todas as plebéias que se tornam princesas e não são todos os príncipes que tem coragem de enfrentar os dragões. Em uma simples análise chegamos a conclusões traumatizantes.


As fadas-madrinha se detêm aos casais que podem ser unidos mais facilmente, sem a necessidade de criarem vestidos, sapatinhos de cristal ou até mesmo carruagens. É bem mais cômodo para elas simplesmente emprestarem uma boa calça jeans e um tíquete de ônibus. E qual o príncipe iria lutar com um dragão, enfrentar florestas de espinhos ou bruxas terríveis para tentar a sorte com uma plebéia? Qual certeza ele teria de que após vencer todos esses obstáculos ele teria encontrado o amor de sua vida? O mais inteligente seria investir nas várias donzelas, cortesãs e princesas que usam os melhores trajes e estão a sua disposição.


No entanto, onde estaria a magia? Sim, a magia! Pode parecer algo brega ou clichê, mas no fundo, todos nós a desejamos intimamente. A magia que faz o príncipe enfrentar inúmeros desafios apenas na intenção de abrir os olhos de sua amada para que esta acorde! A magia que uma bela jovem tem para modificar a essência de uma fera e dar-lhe novo sentido para a vida! A magia dos que sacrificam um pouco de si mesmos para estarem ao lado de quem amam! Até mesmo a magia de quem tem coragem de usar a sinceridade, a compreensão e a confiança. Não, os contos de fada não morreram! O que morreu foi a magia que era usada para criá-los. As atuais paixões descartáveis muitas vezes não permitem que seja criado nem sequer o respeito, quanto mais magia. E o contraste é exorbitante se for analisado que quanto mais passageira e ínfima é a paixão, mais intensos e dramáticos são os apaixonados. Isso é um fato!


Agora fico a indagar o que teria ocorrido se o Príncipe encantado e a Cinderela, após alguns anos de casamento, percebessem que não eram compatíveis. Será que ela voltaria para a casa da madrasta a espera de outro príncipe e ele daria novos bailes em busca de outra esposa? Ainda restaria a eles um final feliz?


Bem, isso será uma escolha individual. Cada um tem as chances de criar o fim de suas histórias. Mesmo separada (e com três filhos) Cinderela ainda pode viver um romance digno de se tornar filme da Disney. O que vai realmente proporcionar isso é a magia existente nos sentimentos.

Que o sentimento não seja eterno enquanto dure, nem que dure enquanto for eterno, porque amor é magnífico demais para simplesmente durar. Que o amor exista, não importando por quanto tempo, e que seja mágico!




Ps. Pessoal, eu pensava que este texto era de Fabrício Varela, no Entanto, o mesmo disse que não foi ele quem escreveu. Entrei em crise e fiquei pensando: quem foi meu deus? Será que fui eu? Mas não fui, tenho quase certeza disso. Minha irmã acha que foi ela quem pegou na internet. Pois bem, finalizando, o texto é de autor desconhecido. Abraço a todos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

2011 formas de filosofar!



2011, ano novo, escola nova, turmas novas, alunos novos, tudo novo! Ah, há alguns veteranos que gosto muito. Esse ano fiquei feliz pela minha contratação na escola Mater Christi. Voltei a dar aula no CPP durante a tarde e continuei no Padrão, minha casa inicial.

Estou com um número maior de aulas na minha área específica: Filosofia. Pena que na maioria das escolas só tem uma aula por semana. Mas, enquanto nossa educação não for prioridade... ah, esquece, não vou começar criticando kkkkk

Na semana passada começaram as aulas. O nervosismo é sempre o mesmo. E a primeira sala que entro... adivinha 2ª série A do MC, putz! A galera é muito antenada, respeita e escuta a aula toda, Saí da sala com um sorriso de uma ponta a outra e ganhei quatro amigos de cara: Marina Albuquerque, Rafael Mendes, Gabriela Wanderley e José Matheus.

As aulas seguintes foram nos 9° anos (primeira experiência direta com Filosofia no fundamental, antes só ministrava Ética e Cidadania). Respeitando a idade da pivetada e algumas peripécias, gostei demais do Ensino Fundamental. Sendo que a pirralhada do 9°A entenderam de cara a viagem que iríamos embarcar.

As 1ª séries tiveram uma introdução à Filosofia... riram muito. Eu também me diverti. As outras turmas das 2ª séries foram legais. O"C" gosta de temas polêmicos e já nos entendemos, pois os mesmos gostam de teatro.

No Padrão estou tendo pela primeira vez a experiência de trabalhar três anos em uma mesma escola e mais. Acompanhei alguns dos adolescentes desde a 1ª série e agora é o último ano, são quase sobrinhos já. Meu deus, estão todos preocupados com o vestibular. As outras turmas contam com umas figurinhas repetidas, como o gênio Felipe Pedrosa e agora o 6° ano tem um compatível a ele, o Dinarte, esperto demais o menino!

A 1ª série de lá é imensa, uma quantidade legal de alunos, filosofamos tanto que alguns já estavam pedindo pra parar kkkkk, mas ao ver as carinhas de satisfação e de curiosidade, admiração e espanto, não tem como parar, o filosofar é brilhante!

Já a 2ª série do Padrão ficou uma mistura entre as duas turmas da 1ª séries do ano passado. Sociologia tem sido o forte das aulas, principalmente quando o assunto é Religião. Obrigado por me ajudar a crescer mais e mais.

O CPP me deu a oportunidade de voltar a trabalhar com meus antigos alunos do vespertino. Os 7°, 8° e 9° anos são as mesmas carinhas, putz!!! Massa demais questionar o mundo com essa turminha ae. Mas o 6° ano, esse ano, é especial! São os menores alunos que já ensinei, as criaturinhas tem umas carinhas de criancinhas mesmo. São fofinhos, dá medo tocar em certos assuntos até, eu olho e penso: Não, eles não tem 11 anos. uahuahua

O ensino médio ficou a emoção das aulas introdutórias sobre filosofia e arte na 1ª série, o maior chororô, quer dizer, só as lágrimas nos olhos, mas foi massa! A 2ª série, kkkkk, só risos e coisas que acontecem somente nessa sala, acho que por ser uma das mais maduras.

Finalizando: Amo minha profissão! Amo o que faço! Amo ensinar! Amo filosofar. Sejam bem vindos a mais um ano do Blog Fisolofia Fisolófica!

Como diria Confúcio:

"Quem ama o trabalho que faz, na realidade não trabalha"