Templos antigos, zigurates
Homens fardados caminham em templos
Seriam fardas, se não fossem amuletos
E suas mentes poluídas e divinas
E suas mentes poluídas e sádicas
Os seus olhos fechados para se concentrar
Os seus olhos abertos para o lucro
Os seus dedos de anéis de ouro
Seus mantos de linho e seda
Sua vida desgastada pelas mentiras
E outras vidas escravizadas por meias verdades
Escravizados pela crença, pela salvação, escravizados por seu libertador
Dor, morte, tristeza e medo
E por uma alma divina o corpo tem que pagar
Em moedas, em traumas, em missas e em cultos
Em vida, em sangue e em horas
O corpo têm que sofrer
Têm que morrer
Têm que fazer de tudo para sustentar “os abençoados” nos lugares em que dormem
Em seus palácios
Em seus templos antigos e zigurates
O corpo não presta, somente o espírito presta
O prazer é um pecado, o prazer dos outros
Nas suas vidas perfeitas, sagradas
Pois alguém tem que manter o povo separado do “céu”
Têm que manter todos distantes da luz
E se certificar que ordens inexistentes que vêm de cima sejam compridas
E se auto intitulam:
Servos de deus
Inimigos do diabo
Mas não falam que na realidade:
São farsantes armados com palavras
São guerrilheiros que desarmam a verdade
São homens sem palavra
Que amam demais
Sua maior invenção:
Um Deus sem coração
Adorei o poema. É de sua autoria, mestre? Gostaria de publicá-lo em meu blog, com os devidos créditos, claro.
ResponderExcluirFico no aguardo da permissão.
Excelente! Ótimo! Não tenho palavras para descrevê-lo! Sou cristã, mas não deixo de enxergar as verdades contidas nesse texto.
Abraços!
Fátima Menezes - @fatimamd
http://recantodecaliope.blogspot.com