Alguns nascem com correntes
E não querem se libertar
Por que pensam que correntes são escudos
Acovardam-se diante da liberdade
E temem em perder sua única defesa
Está preso não é o pior
O pior é o alem das grades
É estar livre e se sentir preso
A uma linha imaginaria que separa o sensato da "loucura"
É ter as chaves das correntes, mas insistir em não usá-las
É ver a luz e decidir não segui-la
É ver a estrada e se recusar a andar
Fingir ser cego
A liberdade é dom ou uma maldição?
É perigoso demais para plebeus como nós?
Ou ousada demais para os espíritos humildes?
Deve ser impossível atravessar a linha do previsível
Talvez tão possível a ponto de chegar aos céus
Pensar não é bom, vou baixar minha cabeça e amarrar mais umas correntes, preciso me apegar mais a o pouco que tenho
E desistir da ideia de ser deus? e permitir que me controlem?
Desistir enfim de uma verdade dita por mim?
Desistir de uma mentira que me acorrenta?
Aceitar um mundo de escravos?
De fantoches?
De homens iludidos com papeis verdes
De guerras e fome "sorteadas" aos milhares
Que nos humilham com dias seguidos de trabalho, de surras e quando enfim pensamos
Somos obrigados a nos calar.
Caso ao contrario eles soltam nossas correntes
E nos soltam alem da linha do sensato
Certamente é o fim
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